Alguém se lembra do primeiro controle do primeiro videogame que já pegou na vida? Eu lembro como se fosse ontem (só que foi a 12 anos atrás, vejam só). Foi numa época em que ser criança queria dizer sonhar para acordar um dia e ouvir de seus queridos pais que ia ganhar enfim um console. Pra mim esse fático e mágico dia havia chegado. Fui então com meu querido pai até lá. E pra minha surpresa haviam duas opções: um console preto e um branco. Um Mega Drive e um Super Nintendo. Sabe aqueles momentos que definem sua vida para sempre? Esse foi um desses para mim. Fui de Super Nintendo, o branco “lado bom” da força (não sei porque, mas sempre achei o Mega Drive meio “lado negro”). E pra fugir ainda mais da obviedade, meu console veio com um “Super Mario World 2: Yoshi’s Island“. futuro dos consoles
O controle do SNES era algo ótimo. Com poucos botões (oito no total, se contar com o start e select e o R e L), a anatomia do controle dava certinho na pequenas mãos de Artur e, provavelmente de outras milhares de crianças. Afinal, naquela época videogame era coisa de criança. Mas também eram tempos mais simples.
Qualquer controle antes do Super Nintendo era simples. Pegue o vovô dos controles, o Oddissey. Seu controle era algo simplesmente fácil de qualquer um lidar. Era somente um manche e um botão, uma vez que os jogos que eram feitos para ele não necessitavam (e pelo software nem tinha como) de grandes e complexos comandos. Com o tempo e os processadores melhorando, os joysticks (outra variação para controle), foram sendo adaptados também para o prol da experiência. Veio o Pong com seu controle que parecia um detonador de bomba, o Atari 2600 e uma variação do controle “Pong”.
Porém foi a Nintendo que inovou novamente. Com seus Game and Watch, simples que podiam ser jogados com uma única mão, foi lançado “Donkey Kong“, que exigia um controle mais exigente para comandar o personagem por mais de uma única direção. Foi o início do controle em cruz (o famoso +). Assim, era possível se movimentar em mais de uma direção.
Consequentemente, as próximas gerações de controle foram se adaptando para utilizar esse sistema e, cada vez mais, inserindo mais botões. O Super Nintendo inseriu os laterais (R e L), o Nintendo 64 uma alavanca analógica extremamente necessária para games em três dimensões, além do gatilho Z atrás e os 4 botões C.
E com o advento do Playstation e posteriormente o ingresso da Microsoft no negócio de games, tudo mudou. A Sony, que ia ser parceira da Nintendo com um hardware que seria acoplado no Nintendo 64, pulou fora dessa parceria e decidiu lançar seu próprio console, o Playstation. Com um controle simples, mas que foi melhorado no Playstation2, foi, por muito tempo, considerado o melhor controle já feito. E mais botões iam sendo inseridos.
A Microsoft, por sua vez, criou um controle enorme com seu primeiro Xbox. Porém, esse “erro” se mostrou o prenuncio do que viria a seguir. O Xbox 360 tem o controle, dito por muitos, mais ergonomicamente confortável de usar. Por ser mais “rechonchudinho” e possuir os direcionais em forma côncava, o que permite que os dedões se assentem e não escorreguem (como é o caso do Dual Shock do PS3, por exemplo) isso permite com que o jogador jogue por horas a fio sem sentir as mãos cansadas.
Mas eis que, a Nintendo, que até o início da geração atual era ignorada por todos, surge mais uma vez inovando. Apostando na casualidade e curiosidade de todos, trouxe o “controle de movimento“. O Wiimotesurgia como algo diferente. Parecendo um controle de televisão, com poucos botões e que dava pra segurar tranquilo em uma das mãos (a outra ficava livre para o direcional), foi o grande diferencial da vez. E Sony e Microsoft correram para alcançá-la.
A evolução dos joysticks da Nintendo.
A primeira optou pela obviedade e praticamente copiou na cara dura o que a empresa do Mario tinha feito. Só que com um sistema mais caro e mais feio, onde o controle parecia um grande pirulito, além de precisar de uma câmera para aumentar o sistema para captar o movimento. A segunda deu um passo além e trouxe o Kinect, outrora conhecido como “Projeto Natal“. Um conjunto de câmeras em um pequeno aparelho revolucionou o que, até então, se pensava sobre joystick nas mãos dos gamers. Esse objeto foi, literalmente, arrancado das mãos. E o corpo passou a ganhar essa função.
Esse grande atrativo de usar todo o corpo para jogar um game ganhou a atenção e rios de Kinects foram vendidos. E o PS Move (a cópia da Sony do Wiimote) ia ficando para trás.
Quando tudo apontava para a Nintendo continuar investindo nesse mercado que ela mesmo criou, BUM, outra surpresa. Agora o WiiU (ou Wii 2.0) vai chegar com um tablet como controle. Não um iPad com super capacidade de processamento e multitoque, o que inviabilizaria a venda. Algo mais simples, mas ainda assim muito diferente. Além de abrir um leque imensurável de opções que podem ser criadas para um jogo ao usar duas telas ao invés de uma (cenários menos poluídos visualmente com informações que poderiam ser realocadas para a tela do controle, por exemplo), a vantagem do WiiU é que, caso você queira, pode desligar a televisão e continuar jogando o game direto pelo controle. Algo legal (e que poderia enfim, colocar fim a disputa pela televisão da sala).
E o futuro, o que aguarda? Novos consoles são fatos consolidados, só falta saber quando. Um novo Playstation é mais difícil de se imaginar, ainda mais o que ele poderia apresentar de controle, uma vez que o primeiro protótipo de joystick para o Playstation 3 tinha o formato de um bumerangue (pois é). Mas o Xbox 720, ou Codinome Durango, é mais fácil de pensar. Se o Kinect deu tão certo, o passo mais plausível é continuar seguindo nessa linha e melhora-lo. Algumas informações vazadas (mas que podem ser falsas, já que a Microsoft não confirma nada), dizem que o aparelho já viria acoplado no próprio aparelho, além de uma possível tecnologia de realidade aumentada, com a utilização de óculos.
Mas a grande dúvida fica: cada vez mais com a evolução e alguns querendo tirar o controle da mão dos jogadores e torná-los praticantes ativos de atividades físicas, quanto tempo levará para o lançamento doPlaystation 9?
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